A história da Doença de Fabry

A descoberta da Doença de Fabry é relativamente recente, datado de 1898. Os primeiros casos foram relatados pelos dermatologistas Johannes Fabry e William Anderson. Eles descobriram, de forma independente, lesões vermelhas na pele de seus respectivos pacientes, classificadas como angioqueratoma, característica comum da doença.1,2

Outros episódios marcaram a história da Doença de Fabry com estudos que, até os dias atuais, ajudam a encontrar respostas para explicar essa doença.1,2

Em 1947, casos da Doença de Fabry em dois irmãos ajudaram a entender que a condição era algo familiar, que posteriormente foi classificada como hereditária. Já em 1974, as causas da doença foram descobertas, entendendo a alteração genética que afeta o funcionamento do organismo. Por fim, no final da década de 90, formas de tratamento eficientes começaram a fazer parte da vida dos pacientes.1

Pode parecer que as respostas para a Doença de Fabry foram lentas e demoradas, mas é preciso considerar que, com a tecnologia disponível na época, grandes avanços foram alcançados. Essa condição é complexa e segue sendo estudada até hoje para que pessoas diagnosticadas com a doença possam ter mais qualidade de vida.1

Quais as causas e sintomas da Doença de Fabry?

A Doença de Fabry é causada pelo acúmulo de moléculas de gordura do organismo, como consequência do mau funcionamento de uma enzima. Com o passar dos anos, essa condição vai afetando gradualmente as pessoas diagnosticadas com a Doença de Fabry com diversos sintomas.3

Por conta dos sintomas, a doença pode parecer não ter relação nenhuma com Fabry. Quando isso acontece, é comum que o paciente seja diagnosticado com outras condições, não tratando a origem do problema.3

Dessa forma, algumas características ajudam a identificar a Doença de Fabry, como o histórico familiar e a manifestação de mais de um sintoma. O angioqueratoma, é um dos sintomas mais comuns. Além dele, é possível listar:

  • febre;
  • fadiga;
  • dificuldade de suar;
  • problemas na audição;
  • dor nos dedos dos pés e das mãos;
  • hipersensibilidade ao calor e ao frio.3

Alguns testes podem ser feitos para avaliar se a pessoa tem a alteração genética que causa a doença e diversas especialidades médicas podem ser necessárias para oferecer os melhores cuidados para o paciente.3

É importante diagnosticar e tratar a Doença de Fabry para evitar a progressão dos sintomas e o desenvolvimento de outras complicações, como insuficiência renal e doenças cardíacas.3

A Doença de Fabry tem cura?

Ainda não existe cura para a Doença de Fabry, mas o diagnóstico precoce pode ajudar positivamente no tratamento. O atendimento médico e a orientação profissional devem acompanhar a rotina do paciente de Fabry, oferecendo o suporte necessário para que seja possível ter mais qualidade de vida e bem-estar.3

Nesse sentido, é preciso entender as características da doença e saber como conviver com ela. A Revista Digital Vivendo com Fabry é um portal dedicado a explicar de forma simples as principais questões sobre o assunto.

Os conteúdos são produzidos para ajudar pacientes e interessados na Doença de Fabry no convívio com a doença. Acesse para saber mais!

Revisor Científico: Dr. Fábio Carvalho - CRM: 64922-SP

C-APROM/BR/REP/0152

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FAQ

  • Qual a origem da Doença Fabry?

    Os primeiros casos da Doença de Fabry foram relatados por dois dermatologistas, de forma independente, em 1898. Johannes Fabry e William Anderson identificaram, em seus pacientes, lesões vermelhas na pele, classificadas como angioqueratoma, característica comum da doença. Estudos posteriores ajudaram a entender mais sobre a Doença de Fabry, contribuindo para a descoberta do tratamento.1,2

    Consulte um médico para mais informações.

  • O que é a Doença de Fabry?

    A Doença de Fabry é uma condição rara causada por uma alteração genética nas enzimas responsáveis pela quebra de gorduras nas células. A deficiência na quebra de moléculas de gordura que levam ao acúmulo de substâncias prejudiciais para o organismo. Como consequência, diversas partes do corpo são afetadas. A Doença de Fabry é transmitida de pais para filhos.3

    Consulte um médico para mais informações.

  • Angioqueratoma é um sintoma da Doença de Fabry?

    Sim! Pacientes da Doença de Fabry podem apresentar angioqueratomas, lesões vermelhas na pele, na região do umbigo, mãos, joelhos, cotovelos e tronco.1

    Consulte um médico para mais informações.

  • Como diagnosticar a Doença de Fabry?

    O diagnóstico da Doença de Fabry é feito a partir de um ou mais sintomas. Por se tratar de uma doença rara, o histórico familiar pode agilizar a avaliação do médico, já que essa condição é hereditária. Caso o paciente não tenha informações sobre esse histórico, o médico pode encaminhar o paciente para um geneticista.3

    Consulte um médico para mais informações.

  • Referências

    1. BARTOLOTTA, Caterina, et. al. HISTORY OF ANDERSON - FABRY DISEASE. Nephrology Dialysis Transplantation, Volume 30, Issue suppl_3, May 2015, Page iii379. Disponível em: <https://academic.oup.com/ndt/article/30/suppl_3/iii379/2512743>. Acesso em: 25 nov. 2022.

    2. Gaggl M, El-Hadi S, Aigner C, Sunder-Plassmann G. The Renal History of Fabry Disease. G Ital Nefrol. 2016 Feb;33 Suppl 66:33.S66.14. PMID: 26913882. Disponível em: <https://giornaleitalianodinefrologia.it/wp-content/uploads/sites/3/pdf/GIN_A33VS66_00232_14.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2022.

    3. Bokhari SRA, Zulfiqar H, Hariz A. Doença de Fabry. StatPearls Publishing. Janeiro, 2022. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK435996/>. Acesso em: 25 nov. 2022.

Disclaimer

As informações presentes neste site destinam-se apenas a fornecer informações sobre tópicos de saúde relativos à doença de Fabry. Estas informações não devem ser usadas como substitutas das orientações de seu clínico geral ou de outro profissional de saúde. Em caso de dúvidas, entre em contato com o seu médico para obter orientações.

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